O Jamaica fz no dia 14 de Junho dois anos que está cá em casa. É giro olhar para trás e lembra-me no dia que o vi tinha só 3 semanas e foi amor a 1ºvista. Quando o fomos buscar aos dois meses era um pote de banhas mas com muita energia e refilão . Sei que o primeira ano de vida do Jamaica não foi fácil pois os métodos usados foram aversivos, quando penso nisso sinto-me mal. Quando o Jamaica ficou só comigo eu comecei a aperceber-me que ele tinha medo de tudo até um simples abanar da cabeça para ele era um ameaça. Comecei logo a tentar compensar o que lhe tinha faltado uma boa "socialização" com pessoas e cães numa escola. Todas as semanas tentava leva-lo a sítios diferentes, a pessoas diferentes e muita estimulação mental e física. No meio deste procedimento todo vi que o Jamaica tinha medo de homens o que mais tarde veio agravar e começou a rosnar e a ladrar a alguns homens. No instante que vi que este medo estava a piorar comecei a pesquisar e a informar-me como podia resolve-lo. Não vou dizer que foi tudo um mar de rosas disseram coisas horrorosas que tinha de fazer. Primeiro ouvi a barbaridade de pessoas que diziam perceber deste tipo raças que o Jamaica já tinha nascido mau, era dominante e fazia isso porque queria mostrar que mandava. Ora eu pensava mas o Jamaica deixa todas as pessoas entrar em casa e faz uma festa enorme comigo e com as pessoas que conhece é super dócil e nunca mostrou sinais de agressividade, se fosse dominante por agressividade não tentava ser com todas as pessoas. Eles enrolavam e não me respondiam. Solução: Por uma coleira de bicos para dentro e cada vez que ele rosnasse dar-lhe um puxão, não o fiz sempre fui contra as estranguladoras e eu queria que o meu cão gostasse das pessoas não que tivesse medo do castigo se rosnasse.
Depois fui falar com treinadores e psicólogos e disseram para lhe puxar o cachaço quando ele rosnasse ou ladrasses as pessoas. Eu tentei porque pensei entre coleira de picos e cachaço mais vale o cachaço. Tentei durante umas semanas mas comecei a ver que o Jamaica piorou.Comecei a pesquisar mais e mais e descobri o método positivo que não tinha castigos e vi vídeos em que o método que faziam desvio comportamental resultava. Comecei sozinha a fazer o que fui lendo mal mas nunca descobri qual era o tipo de homens que lhe faziam medo porque não tinham nada em comum. A minha solução foi fazer para todos os homens. Entretanto fui fazer um seminário da Cláudia do Blog "Chamaram-me Safira" ela deu-me umas dicas, fui lendo mais coisas na net e em livros. Comecei nos fins de Novembro e estamos em Junho e o Jamaica parece outro cão. Vai aos homens que o chamam na rua sempre a abanar o rabito e nunca mais o vimos rosnar a homens. Depois de ver muita coisa cheguei a conclusão que a casos piores e que o Jamaica não era tão mau. Também vos digo que a maior parte se deve ao Jamaica porque é um cão espectacular e se esforça imenso por muito que tenha sofrido nunca desistiu de ultrapassar o medo que tinha todos os dias.
Eu tinha umas bases e consegui resolver sozinha porque não era uma coisa tão grave mas conheço muitas pessoas tão desesperadas que até tentava a coleira de choques ou a estranguladora.
A mensagem quero passa é que se o método positivo resolve a situação e não provoca danos no cão porquê usar métodos aversivos?Eu falo por experiência própria porque tentem os dois métodos e vejo a diferença entre os dois e como o Jamaica está mais solto e mais feliz.
Se por acaso vai buscar um cachorro invista numa boa socialização que previne os problemas comportamentais.
Não desistam dos vossos cães porque eles nao desistem de nós....!
OBRIGADA JAM ÉS O MEU ANJO E ALMA GÉMEA
Parabéns, Daniela! Parabéns, Jamaica!
ResponderEliminarA questão importante que levantaste é: se podemos conseguir o mesmo resultado (ou ainda melhor) sem causar dor nem sofrimento ao cão, porquê usar métodos aversivos?
Esta é a questão que gostaria de colocar a todos os treinadores aversivos.
Que óptimo post Daniela! É preciso pensar que um cão não é só um MERO cão - é necessário entrar na sua cabeça, pensar como ele, perceber o porquê dos seus traumas. Afinal, temos muito mais coisas em comum, homens e cães... e que ser humano é que gosta de ser condicionado com castigos?...
ResponderEliminarSinceramente na minha opinião na nossa sociedade usamos muito o termo "uma palmada não faz mal a ninguém" mas nunca damos só uma. Nós não sabemos educar crianças sem dar umas palmadas quanto mais cães. Quando muitas vezes falo com amigos eles próprios dizem que não sabem como educar os cães sem ser a base do medo.E eu compreendo porque a um ano também não sabia e fazia-me confusão como educar doutra maneira mas o que interessa é quando sabemos fazer de tudo para mudar.Ainda estamos presos a ideia que para haver respeito tem de haver medo. Eu gosto tanto de ver os cães a fazer as coisas por gosto nota-se a alegria nos olhos e como estão a vontade. Mas muita gente que acredita na questão da dominância passam a vida a pensar que têm de ser dominantes perantes os cães. o que na minha opinião estraga os momentos de verdadeira ternura como dar festas na barriga, dar da nossa comida enquanto comemos, dormir uma bela sesta ou noite na nossa cama todos juntinhos.
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